Assessoria de imprensa em tempos de crise: como gerenciar a reputação em momentos delicados.

Em um cenário onde a informação circula com tanta rapidez, a reputação de uma empresa ou indivíduo pode ser colocada à prova em questão de segundos. Crises podem surgir de diversas formas — desde escândalos internos até problemas de atendimento ao cliente ou ataques cibernéticos — e a maneira como são gerenciadas pode determinar o futuro da organização. Dessa forma, a assessoria de imprensa tem um papel estratégico na manutenção e recuperação da imagem corporativa.

O impacto das crises na reputação empresarial

A reputação é um dos ativos mais valiosos de uma empresa. De acordo com um estudo da Reputation Institute, uma crise mal gerida pode resultar em uma queda de até 33% no valor de mercado de uma organização. Já a Edelman Trust Barometer aponta que 71% dos consumidores afirmam que uma crise de reputação influencia diretamente sua decisão de compra.

O caso da Uber ilustra bem esse fenômeno. Em 2017, a empresa enfrentou uma série de polêmicas envolvendo assédio, gestão de dados e cultura corporativa tóxica. Como consequência, sua reputação foi gravemente prejudicada, levando a uma perda significativa de usuários e investidores. Da mesma forma, o escândalo da Volkswagen em 2015, quando foi descoberto que a empresa manipulava testes de emissão de poluentes, resultou em bilhões de dólares em multas e uma queda drástica na credibilidade da montadora.

O papel da assessoria de imprensa na gestão de crises

A assessoria de imprensa atua como ponte entre a empresa e os veículos de comunicação, controlando a narrativa e garantindo que as mensagens certas sejam comunicadas. Algumas de suas principais funções incluem:

• Monitoramento e detecção antecipada: acompanhar continuamente as menções à marca nas mídias sociais e na imprensa, identificando potenciais crises antes que se intensifiquem.

  
  

• Desenvolvimento de estratégia de comunicação: elaborar mensagens-chave que transmitam transparência e responsabilidade, fundamentais para reconquistar a confiança do público.

  
  

• Relacionamento com a mídia: manter boas relações com jornalistas e influenciadores para garantir que as informações divulgadas sejam precisas e equilibradas.

  
  

• Treinamento de porta-vozes: preparar lideranças para entrevistas e declarações públicas, garantindo que a comunicação seja clara e eficaz.

  
  

• Redes sociais: o assessor de imprensa pode alinhar as mensagens-chave com o social media, mantendo a mesma linha de comunicação.

Redes sociais e sua influência na gestão de crises

As redes sociais são ferramentas poderosas na gestão de crises, permitindo uma comunicação direta e em tempo real. Um estudo da McKinsey & Company revela que 89% das empresas consideram as redes sociais canais essenciais para mitigar crises de reputação. Entretanto, a velocidade das redes também exige um alto nível de monitoramento e respostas rápidas.

Exemplos como o da United Airlines, que sofreu uma grave crise de imagem em 2017, após um vídeo de um passageiro sendo retirado à força viralizar, mostram como um erro de gestão de crise pode ter impacto global. A demora e a falta de empatia na resposta da empresa pioraram a situação, levando a perdas financeiras e à necessidade de uma grande reestruturação interna.

Uma gestão de crise eficaz é essencial para preservar a reputação de uma empresa. A assessoria de imprensa, com sua expertise em comunicação estratégica, torna-se uma verdadeira aliada estratégica nesse processo. Investir em preparação, monitoramento contínuo e uma comunicação ágil e transparente pode minimizar os impactos negativos de uma crise, além de fortalecer a confiança e a credibilidade da organização a longo prazo.

Anna Agacci

Assessora de Imprensa e Head de Núcleo da NB Press

Agência especializada em PR.

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